segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Corrimento x secreção normal: aprenda a diferenciar



Se você nunca fica com a calcinha seca, não se preocupe! Segundo o ginecologista Fernando Prado Ferreira, toda mulher produz uma secreção pelos órgãos genitais que tem a função de lubrificar o trato genital. “Essa secreção serve tanto para facilitar a relação sexual como para proteger o tecido de lesões. Toda mulher produz esse líquido”, explica. Aprenda a diferenciar o corrimento ruim da secreção normal:

Secreção normal
É um líquido bem fluído que tem, no máximo, uma consistência de clara de ovo. Não tem cheiro desagradável e deve ser incolor ou branco bem claro. Não provoca coceira, dor ou ardência. “Se a secreção se encaixar nesse descritivo, a mulher não precisa se preocupar. Não há necessidade de tratamento”, afirma o ginecologista. No período pré-ovulatório, que acontece no meio do ciclo menstrual, pode haver um aumento na quantidade dessa secreção, o que também é normal.
Corrimento
Se sua calcinha apresentar uma secreção branca, similar à aparência de leite talhado, ou até mesmo amarela, fique atenta! Outro indício é o cheio ruim. “O corrimento apresenta um odor mais forte, que pode até lembrar o cheiro de peixe podre”, diz Ferreira. Segundo o ginecologista esse corrimento surge quando há alguma infecção genital. Normalmente ele causa coceira ou ardência. O ginecologista vai diagnosticar qual o tipo de infecção – por fungo ou bactéria – e indicar o tratamento mais adequado, que pode ser com creme vaginal, antibiótico ou banho de assento. “Outra dica importante para evitar infecções é que a mulher deve limpar-se sempre de frente para trás e nunca o contrário para evitar transferir bactérias do ânus para a vagina”, explica Ferreira. Ainda segundo o especialista, a mulher deve se certificar com seu médico que o corrimento não é sexualmente transmissível, pois, nesse caso, o parceiro também precisará de tratamento.
Pode?

Segundo Ferreira, o uso de absorventes diários não é indicado porque podem causar alergia e abafam uma área úmida que tem facilidade de acumular bactérias. O sabonete íntimo não é necessário, mas não está proibido. “Para as mulheres que preferem usá-lo, duas ou três vezes na semana é o certo”, afirma.

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